terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mudar e Crescer

       É impossível crescer mudando. Ao crer que está fazendo esta proeza, você está apenas se fazendo de tolo.
     Quando crescemos, nós adquirimos novas experiências, conhecimentos, virtudes. Isso se deve ao fato de que para adquirir todo esse aprendizado, você passa por vários momentos, momentos antes desconhecidos. O ato de crescer é juntar o “novo conhecimento” ao nosso “antigo conhecimento”, sem perder nenhum detalhe.
     E ao mudarmos, também adquirimos experiências, conhecimentos e virtudes. Porém, ao receber o “conhecimento da mudança”, nós abandonamos nosso “velho conhecimento”. A mudança traz um grande  problema: ela causa preconceito. Ela faz com que ridicularizemos tudo aquilo que já foi importante.
     Então... Como podemos crescer mudando, se ao mudar nós perdemos todo o nosso conhecimento passado?
     Agora, vamos ao ponto principal desse “crescimento”.
     Quando nós somos crianças e/ou adolescentes, os únicos livros que importam são os infanto-juvenis. Isso é o gosto. Porém podemos tanto mudar nosso gosto, passando, por exemplo, a gostar apenas de romances, quanto aprimorar nosso gosto, fazendo-o crescer: gostar de romances e, ainda assim, gostar de infanto-juvenis.
     Ao abandonar o seu infanto-juvenil, não significa que você cresceu. Você apenas se tornou um adulto.
     Mesmo assim, ainda é tempo de crescer. Então, vamos gostar de romances enquanto gostamos também de biografias? Porque não pegamos aquele infanto-juvenil perdido na estante e voltamos a gostar dele como se nós ainda tivéssemos 11 anos?

Inspirado no texto “Três maneira de escrever para crianças” de C.S.Lewis, autor de “As Crônicas de Nárnia”.

Haushinka